O papel da Inteligência Artificial (IA) no futuro é um tema que tem ganhado cada vez mais destaque.
Esta tecnologia não apenas transforma mercados, mas também molda os modelos de trabalho e as habilidades necessárias para operá-la plenamente.
Por: Arthur Santos para Horizzont
29 de janeiro de 2024
De acordo com um estudo global da McKinsey, a IA tem o potencial de gerar uma receita de 13 trilhões de dólares em todo o mundo até 2030, com um aumento previsto de 5% no Produto Interno Bruto (PIB) da América Latina no mesmo ano, impulsionado por essa inovação.
Além disso, espera-se um crescimento significativo de 38% no uso de aplicações com inteligência artificial na área de saúde nos países latino-americanos até 2027.
Embora essas projeções sejam promissoras, o uso da IA no futuro também gera debates sobre os riscos e benefícios associados.
Um dos argumentos positivos é o aumento da produtividade, permitindo que a tecnologia execute atividades repetitivas, liberando mais tempo para a criação e inovação.
No entanto, questões sobre o uso de dados e possíveis vieses da IA são temas em discussão.
O que é Inteligência Artificial?
Antes de explorarmos o futuro, é fundamental compreender o que é Inteligência Artificial.
Este campo da ciência da computação foca no desenvolvimento de sistemas capazes de realizar tarefas que normalmente exigiriam inteligência humana. Desde aprender e raciocinar até entender linguagens naturais e tomar decisões, a IA utiliza algoritmos para simular a inteligência humana em diversas aplicações.
Sua versatilidade e capacidade de processamento eficiente de informações a tornam uma ferramenta valiosa em muitos setores.
Inteligência Artificial – Imagem: macrovector/Freepik
Evolução da Inteligência Artificial
Embora o termo “Inteligência Artificial” esteja em alta nos dias de hoje, sua história remonta ao final dos anos 1950, quando o cientista da computação John McCarthy cunhou o termo na Dartmouth College, nos EUA. No entanto, foi na década de 1990 que as implementações iniciais de agentes inteligentes começaram a surgir.
Saulo Cadete Machado, Gerente de Inovação e Líder de Computação Quântica na Accenture Brasil, destaca que a evolução da interação com a inteligência teve um marco significativo com o uso de redes neurais a partir de 2010. Chips gráficos, projetados para criar gráficos em tempo real, tornaram-se essenciais para acelerar o trabalho com IA, especialmente em redes neurais e aprendizado profundo.
Evolução Tecnologia – Imagem: pch.vector/Freepik
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Novas Arquiteturas de IA
À medida que as redes neurais se tornaram mais complexas, novas arquiteturas foram desenvolvidas para melhor adaptabilidade aos problemas específicos. Modelos generativos, como Redes Generativas Adversariais (GANs), Variational Autoencoders (VAEs) e Modelos Baseados em Transformers, possibilitaram a criação de algo novo, como imagens, textos, sons e vídeos.
Machado destaca o papel fundamental do modelo “Transformer”, introduzido em 2017, que utiliza mecanismos de atenção para processar sequências de dados. Essa abordagem inovadora permitiu uma nova forma de construir com IA, reduzindo a necessidade de extensos conjuntos de dados para treinamento.
Novas Inteligências Artificiais – Imagem: rawpixel/Freepik
Futuro da Inteligência Artificial
Ao abordar o futuro da IA, Machado destaca que a tecnologia já está presente em muitos aspectos do cotidiano, desde a detecção facial até filtros populares em redes sociais. No entanto, o desafio futuro está na estabilização da percepção sobre como, quanto e quando usar essa tecnologia.
A multidisciplinaridade e multimodalidade são tendências emergentes na evolução da IA. Espera-se que arquiteturas que combinam diferentes capacidades tornem as aplicações de IA mais generalistas, utilizando linguagem como elo entre as diversas capacidades para soluções mais completas. Essa convergência sobre uma estrutura de pensamento baseada em linguagem abrirá novas possibilidades de interação e uso da tecnologia no dia a dia.
Futuro da Inteligência Artificial – Imagem: Freepik
Desafios da Inteligência Artificial
Apesar do progresso significativo, a adoção generalizada da IA também traz desafios. Questões éticas, vieses nos dados e a necessidade de regulamentação são tópicos críticos para garantir que o uso da IA seja responsável e transparente.
A popularização da IA precisa ser acompanhada por um debate ético robusto. A origem dos dados, vieses presentes nas respostas geradas por modelos de IA e a regulamentação para promover o conhecimento sobre a tecnologia são pontos cruciais que precisam ser abordados.
Inteligência Artificial – Imagem: rawpixel/Freepik
Tendências para o Futuro
Em relação às tendências futuras, Machado ressalta que a IA está se tornando especialista em tarefas específicas, desde interações por chat até criação e compreensão de imagens e outros tipos de arquivos. A multidisciplinaridade, centrada em uma estrutura de pensamento baseada em linguagem, é o próximo passo.
A IA já é uma realidade presente em diversas áreas, e o desafio agora é expandir o conhecimento sobre seu uso, considerando não apenas os usuários finais, mas também a atuação intencional do mercado para educar sobre a IA. A regulamentação também é vital para garantir uma implementação ética e responsável da IA.
Futuro da Inteligência Artificial – Imagem: Freepik
O futuro da Inteligência Artificial promete uma integração cada vez mais profunda em nossas vidas, oferecendo soluções inovadoras e transformadoras.
O caminho à frente é emocionante e repleto de possibilidades, com a IA desempenhando um papel central na moldagem do futuro da tecnologia e da sociedade.